Total de visualizações de página

13 de fev. de 2012

EXTASE- ENTRE VAMPIROS



A noite foi realmente avassaladora, eles se perderam mais uma vez em seus desejos,  eternos apaixonados. Ao despertar pela manhã, Emini sente-se diferente, sua sede estava ainda mais forte, e seu desejo pelo sangue de seu amado ainda mais aguçado, então ela levanta, lentamente, para não espertar seu amado, precisa se recompor, ainda é dia, mas precisa estar alerta para quaisquer surpresas. Banha-se lentamente, lembrando-se de cada momento sórdido da noite anterior, amava cada segundo ao lado de seu amado. Mas hoje ela queria tudo diferente e assim o fez.
Após um banho longo e demorado, Emini decide colocar seu plano em ação.
Delicadamente ela entra no quarto, ele ainda dormia e ela sabia que se ele despertasse poderia ficar furioso com ela, então lentamente algemou-o nas grades da cama, e sentou-se a sua frente aguardando seu despertar. Naquele momento ele parecia tão impotente, mas ela sabia que na realidade aquelas algemas não o deteriam se ele realmente desejasse libertar-se delas, então simplesmente aguardou seu despertar. Só então ela se deu conta de quanto precisava daquele vampiro ao seu lado, e temia por esse sentimento que penetrava em seu ser quase sem querer. Logo que ELE despertou, ela sorriu e disse: - Hoje és minha presa Milorde... não poderá escapar!
Dizendo isso, deu um sorriso, mordeu seus próprios lábios até que vertessem o sangue que seu amado tanto gostava e beijou-lhe, e deliciou-se com isso.Lentamente, suas unhas roçavam o corpo de seu amado, fazendo-o tremer, ela podia ouvir seus gemidos e gostava disso. Queria provocar-lhe sensações, enlouquecê-lo mesmo por um instante, fazer-lhe se perder em seus braços. Ela conhecia bem os desejos humanos, mas não o do seu adorado vampiro, então começou o jogo de sedução, a procura de proporcionar tudo a seu amado. Tê-lo algemado ali... lhe dava um certo prazer, algo não identificado por ela, como se ela pudesse finalmente controlá-lo de alguma maneira, e ela gostava disso. Após beijar-lhe, ela simplesmente começou a lamber seu pescoço, queria que sua jugular saltasse.. então sussurrou ao seu ouvido, “amo-te Milorde, jamais se esqueça disso” e mordiscou sua orelha.  Enquanto isso suas mãos iam deslizando pelo corpo de seu amado, roçando lentamente as unhas pela sua pele fria, até chegar em seu peito, quando se lembrou do que fez, então beijou-lhe docemente. Hoje não tinha pressa, queria apenas ficar ali, sentir e ser sentida e nada mais, então continuou...tocava cada parte de teu corpo, deslizando suas garras, entre uma mordida e outra, sugando lentamente o sangue de teu amado, provando lentamente gota por gota, deliciando-se... até o ponto que decide encaixar-se perfeitamente em Allan, nesse momento ele liberta-se agarrando-a e cravando-lhe as presas em seu pescoço... ao mesmo tempo que ela crava seus dentes nele, êxtase total.. e se perderam mais uma vez.
* então o vampiro deixa q ela se movimente um pouco em cima dele.. o prazer q o cainita sentia era enlouquecedor, mas, num determinado ponto, ele a segura com força a fazendo parar e então a gira ficando por cima dela. Emini estava super excitada e pedia com seu corpo tremulo que o vampiro a possuísse avidamente, mas Allan entra dentro dela suavemente e fica, por um longo tempo fazendo um movimento de ida e vinda lento e cauteloso. Obviamente, mais interessado em leva-la a loucura do que ao orgasmo. Logo, morde o próprio pulso, enquanto ainda a possuía, e deixa q seu sangue pingue nos lábios dela. Nesse instante Emine se contorcia e implorava para q o gangrel a levasse ao êxtase.. então o vampiro sorri e vai parando seus movimentos deixando Emine completamente angustiada.. coloca a mão sobre os seios dela para acalma-la..ela estava entregue, mais maravilhosa do que nunca, mas não obteve o q queria, diferentemente dele... e num paradoxo inquietante o vampiro dá um sorriso lindo e descontraído, que somente ela conhecia..*

A CASA DE VIDRO



A quase uma década, mantenho o Anjo, enclausurado em meu castelo, esquecido pelo tempo, e por todos que um dia o conheceram.
O mantenho adormecido, para que não sinta tanto os efeitos daquela noite fatídica, quando nos entregamos ano nosso amor.
Mesmo sem querer, marquei-o suguei-lhe a vida que conhecia, dei-lhe outra, transformei-o em uma criatura bestial, mas com o coração manso.
Quando o vi matar pela primeira vez, vi a angustia em teus olhos, a dor que ia em sua alma, então decidi fazer isso, espero que um dia ele me perdoe.
A casa de vidro, finalmente está pronta, será sua ova residência, longe de tudo  e de todos que podem atingi-lo, e por isso que irei mandá-lo pra lá.
Não irá se recordar de nada, nem tão pouco de mim, encontrará a paz que precisa, será melhor assim, terá a floresta para caçar e ser livre, estará seguro.
Deixarei alguns de meus servos para ajudá-lo, será bem mais fácil assim.
- Tudo pronto, minha Senhora!
- Então vamos, já se faz tarde!
Saímos na calada da noite, levando nosso ilustre convidado, para sua nova residência, a viagem foi tranqüila.
-Deixo-te aqui , meu doce e amado Anjo, que os deuses tenham piedade da tua alma!
Dizendo isso, instruí meus servos, e parti de volta ao meu Castelo, precisava esquecer, recomeçar.
Mais uma década se passou,  e sabia que tudo estava bem, ainda podia senti-lo em mim, o pulsar do teu coração, o desejo do teu corpo, a ânsia da tua alma, parecia chamar-me, então, decidi visitá-lo,  sabia que ele não se lembraria de mim, pois havia cuidado disso pessoalmente, quando me apossei de teu sangue tão quente.
Estava anoitecendo, quando cheguei a casa de vidro, havia me esquecido de quanto ela era linda, os servos anunciaram minha presença e como foi solicitado e logo fui anunciada e convidada a adentrar.
Aguardei no salão principal, e por um segundo, me perdi em meus pensamentos, recordando-me dos mínimos detalhes, da preparação daquela residência, queria que tudo fosse perfeito e pra minha surpresa tudo estava ainda mais lindo com o toque pessoal do senhor daquela casa.
De repente ouço uma voz.
- Bem vinda Lady Drakon! – É uma honra recebê-la!
- Grata Milorde, por me receber, é uma honra conhecê-lo!
- Mas me diga Senhora, o que a trás a minhas terras, não costumo receber visitas, então estou curioso pra saber!
Nesse momento, notei que não tinha nenhum motivo lógico para estar ali, e calei-me por um segundo.
- Perdoa-me meu Senhor, estou apenas de passagem por essas  e tomei-me por curiosidade, por ver tão bela propriedade e decidi cumprimentar o seu proprietário.
- Agradeço suas palavras Nobre Senhora, és bem vinda em minhas terras, sua fama ultrapassa fronteiras. Venha, acompanhe-me, será uma honra, apresentar-lhe essa propriedade.
- Grata Milorde!
Acompanhei-o em silêncio, perdida em meus pensamentos, sobre a luz da amada lua cheia, como ele estava mudado, não era nem sombra daquele anjo que tanto amei.
Estava ainda mais forte,  seus olhos mais negros e misteriosos, e mesmo sem querer, deixei uma lágrima correr, tão disse:
- Milorde, preciso retornar aos meus, não me sinto bem, perdoa-me!
- Disse algo que a ofendeu? Algum problema?
- Não meu senhor, apenas não estou me sentindo bem, deve ser o calor, se me permite....
Fiz menção de me retirar, o mais rápido possível de sua presença, mas ele deteu-me, segurando-me pelos braços e disse:
- De maneira nenhuma, providenciarei aposentos adequados a tão bela dama, onde possa repousar e se recompor, não aconselho que atravesse a Floresta a essas horas,
- Grata, mas não será necessário meu senhor, minha comitiva me espera, estarei segura.
- Não permitirei que saia como está, repouse um pouco e depois se desejar, poderá partir, acompanho-a até a saída da floresta.
- Grata, meu senhor!
Dizendo isso, acompanhei-o novamente para dentro da casa, seus sevos me acompanharam até os aposentos a mim reservados.
Ao fechar a porta, pude dar vazão ao turbilhão de sentimentos em minha alma, entre nossas conversas notei, que ele possuía um ódio cravado em sua alma, e sabia eu era por mim.
Decidi descansar, me recompor, precisava sair logo desse lugar, estava frágil demais longe de minhas terras, devia tomar cuidado.
Passaram-se mais ou menos uma hora, quando ouço batidas na porta, era uma de suas servas!
- Minha Senhora! Meu Senhor, pediu para ver se a senhora esta melhor!
- Muito melhor! Diga-lhe que já estou descendo, por favor!
- Sim minha senhora!
Reuni todas minhas forças, para ocultar mais uma vez o que ia em minha alma, naquele momento queria apenas sair dali e nada mais, foi um erro vir até aqui, agora sei disso, então desci as escadas.
Quando cheguei ao saguão, notei aquele olhar tão terno, quanto me lembrava sobre mim, mas não durou muito, logo o olhar se tornou negro e frio, ele apenas observava-me calado, podia senti-lo em cada fibra do meu ser.
- Espero que esteja melhor Condessa!
- Estou sim, grata meu Senhor, agora realmente preciso partir, já tomei seu tempo demais! Se me permite...
- Não.... não permito! – disse ele sorrindo. É raro receber visitas, e a sua muito me agrada, permita-me oferecer-lhe uma taça de vinho, o melhor que já tomou! As uvas são cultivadas aqui e garanto a que não encontrará vinho de melhor qualidade que esse!
- Mas... está bem... apenas uma taça e nada mais!
- melhor assim, minha querida! Vamos acompanhe-me a um local mais arejado e tranqüilo!
Acompanhei-o pelo jardim, a Lua estava encantadoramente linda, e por um segundo me perdi em seu brilho.
- Ela não é tão fascinante quanto o senhora! – disse ele.
Senti-me corar e apenas sorri.
Nesse momento, chegam os servos com o vinho e nos acomodamos em nossos assentos.
- Um brinde minha Senhora! – disse ele levantando a taça.
- Brindemos a beleza da noite, e aos seres encantados da noite! – fui logo dizendo.
- Aos seres encantados! – disse sorrindo. És sempre assim?
- Não entendi Milorde!
- Perdoa-me, és sempre assim tão radiante, sua alma, é encantadora, sedutoramente perigosa.
- Não Milorde, apenas sob a luz da lua, sabes o que sou, e não podia ser diferente.
- Sei... o que pensas-te?
- Nada tão importante, isso guardo pra mim...
- Entendo... Preciso falar-lhe....  e por favor não fuja... não essa noite!
- Algum problema Milorde?
- Depende de você, cara “Duquesa”!
Nesse momento, tive a certeza que ele se lembrava de mim, pois apenas ele me chamava assim, então senti o coração gelar, mas como?
- Por favor... deve estar me confundindo.... não sou quem pensas que é.
-Tenho certeza que és, desde o momento em que a vi, reconheci você, minha adorada, estava esperando até quando manteria essa farsa.
- Não existe farsa nenhuma, Milorde, realmente não devia ter vindo, foi um erro!
- Acha mesmo? - Então me diga, quem és!
- Já disse sou Condessa Emini Drakon, líder de um Coven, e apenas estava de passagem por aqui!
- Mentira!
Nesse momento, senti a fúria dele, endereçada a mim, não queria feri-lo novamente, mas se necessário fosse me defenderia!
Vi-o se transformando, tornando-se um Lobo, ainda mais poderoso do que eu havia deixado aqui, a quase uma década.
- Gosta do que vê, Condessa?
- Chega! Pensei que pudéssemos ter uma conversa amigável, mas me enganei!
Levantei-me, abruptamente, precisava sair dali, o mais rápido possível, assumi minha imagem vampirica, com minhas asas, quando estava pronta para alçar vôo, ele simplesmente, virou-me e beijou-me.
Não era um beijo comum, sentia o ódio em suas veias, sentia que lançava em mim, todo o ódio, por tempos de solidão naquela casa, senti-me perdida, porque ao mesmo tempo que não desejava aquele beijo, precisava dele.
- Meu veneno é doce  e mata aos poucos.... – disse ele sarcástico.
- Eu sei disso...
Senti-me desfalecer, nos braços daquele que um dia amei.
Não sei por quanto tempo me mantive adormecida, sei apenas que quando despertei, foi difícil saber onde realmente estava, minha cabeça doía, meu corpo queimava, precisava de sangue, muito sangue.
Tentei levantar-me, só então notei, que estava acorrentada, e logo todos os últimos acontecimentos me vieram a mente.
Precisava sair dali, o mais rápido possível, me desvincilhar dessas correntes, voltar ao meu Castelo.
Tentei soltar-me mas foi em vão, então tentei me acalmar, e esperar que alguém adentrasse novamente no quarto.
As horas se arrastavam, e ninguém aparecia, estava a ponto de enlouquecer, quando a porta se abre, era ele...
- Vejo que já despertou querida!
- Solte-me! Ordeno que me solte!
- Não está em condições de ordenar nada querida!  Mas vou soltá-la... se prometer ficar boazinha, precisamos conversar!
 - Prometo!
- Não tens para onde ir, você mesma projetou essa casa, e sabe que não terá saída!
Dizendo isso, ele soltou as correntes, sua pele era quente, senti seu sangue pulsando, desejava teu sangue, ou melhor matá-lo. Mas me controlei.
- Não faça isso Condessa, está em meu território agora... – disse ele sorrindo.
Como conseguia ler minha mente, precisava bloqueá-lo, impedi-lo se saber o que pensava, então me concentrei apenas em mim, mais uma vez.
Não adianta minha rainha, estamos ligados esqueceu!
-Eu sei disso....!
- Agora está em meu “Castelo de Vidro”, e eu sei bem onde atacá-la querida!
- Não fará isso.... não quero machucar você!
- Tens medo de mim Condessa? Eu sinto... Por muito tempo, as pessoas tinham medo de ti, agora se inverteu a situação...rs
- Não... não tenho medo!
- Eu sinto você minha adorada, cada célula sua... vou dizer-lhe uma coisa.
- Não pretendo machucá-la, pelo contrário....Queria trazer a lua pra bem mais perto de você!
- Sabe que ela mexe comigo, não deveria!
- A gente molda ela, em pequenas doses, intensa.. de magia e sedução.
- É a magia dela que nos mantem vivos, envolve nossas almas. Descobri que não posso mantê-lo aqui...
- Sim profunda e intensa, com seus caninos em meu corpo. Porque? Sou vulnerável?
- Não....
- Digas.... não me esconda nada “Duquesa”
- Jamais! Apenas prefiro as paredes do meu Castelo, é onde devia ter mantido você! Entre as paredes do Castelo!
- É de onde vem sua força Duquesa, e lá sou sua presa fácil, eu estive lá... em seus aposentos.... enquanto estava adormecida. Subi as escadas, era uma noite de ventos fortes, as cortinas longas brancas. Se entrelaçavam sobre os quartos, as portas se fechando, e no final do corredor, uma única luz, aliás, eram varias velas acesas em seus castiçais dourados, pude vela de costas, com um vestido vermelho... aberto nas costas... suas siluetas marcando, seu perfume preenchia todo o castelo. Pude ler seus pensamentos....”-Venha meu amado anjo, não temas, segure minha mão... quero sentir você de perto.....
-E você se rendeu... – disse rispida.
-Sempre... quero!
- Amo-te.... e essa foi a minha perdição.... disse entre lágrimas.
- Foi a nossa perdição minha adorada. Ti quero “Duquesa”, como Rainha, como Loba, como Vampira, seja o que for... adoraria estar em seu Castelo novamente, na nossa Floresta, seja lá onde for, e contemplar...
- Então.. Deixe a casa de vidro se desejar....
- Já deixei a décadas, você sabe disso... Mas queria estar perto de quem me queira, me deseja como homem, seu rei, seu mestre...
- Meu querido....
- Minha “Duquesa”, adoraria sentir seu gosto novamente,sua pele reagindo a minha.....
- Já fizemos isso antes, e nos perdermos um no outro.... você sabe disso!
- Eu sei.... ti quero, desejo você pra mim...
- Sou sua... você sabe disso!
- Então porque estamos longe?
- Porque.... é assim que tem que ser...
- Não... não me contento com isso... preciso fazer algo... por nós.
- Estaremos juntos meu amado anjo... no momento certo... sabe disso....
- Minha “Duquesa. Lutarei por você, enfrentarei muitos clãs, caso seja necessário.
- Não... não desejo isso meu amado, quero-te apenas aqui... em meus braços por mais uma noite!
- Achei que queria pelos seus dias!
- Pela eternidade meu adorado, sabes bem disso.... és minha vida... e meu dever é cuidar de você! Perdoa-me!
- Pelo o que fez a mim? Não há o que ser perdoado... bem o sabes!
- Afastei-o de tudo que ia em seu coração, seus amigos, teu mundo!
- E me afastou de você mais uma vez! Porque?
- Foi necessário... bem o sabes, juntos somos ainda mais fortes e perigosos!
- Mas amo você, enfrentaria a tudo e a todos por você!
- Por isso mesmo, preciso que se mantenha distante... não pretendo vê-lo morrer em uma batalha!
- Esqueceu-se que não sou mais o anjo indefeso querida? Sou bem mais que isso, quando sorveu minha alma, levou também meu coração, mas deu-me muito mais em troca, sabe disso!
- Mesmo assim! Quero-te.. mais que a mim mesma... mas quero-te assim, protegido, dos olhos humanos, da humanidade, de todos que puderem te ferir um dia! Morreria se acontecesse algo contigo, bem  o sabes... por isso fiz o que fiz!
Lentamente meu coração foi se acalmando, sabia esse meu destino, estar ao lado daquele que amei.. daquele que destrui por completo, e ressussitei-o, não teria mais desculpas para isso, e ele sabia disso...
- Apenas mais uma pergunta, minha querida....
- Diga....
- Se prometer não mentir.....
- Prometo....
- Porque fez isso comigo, preciso entender, poderia ter me matado, como fez com tantos outros, que encontrei na floresta...e deu-me uma vida... uma nova vida...
- Porque.... não poderia matar você... entre todos você foi diferente... amou-me pelo que eu era, não tinha medo de mim...
- Nunca... Amo você Emini Drakon!
Dizendo isso, ele se aproximou, e beijou-me, um beijo terno, quente, era tudo o que precisava naquele momento, para poder me acalmar.
Lentamente, deixei-me envolver por aquele ser encantador a minha frente, não podia lutar contra isso, não agora, amava-o mais que tudo, e fizemos amor, esquecendo-nos de tudo e todos ao nosso redor.
Ao anoitecer, ainda podia senti-lo em mim, seu desejo, sua carne, seus beijos, levantei-me lentamente, vesti-me... e parti para minhas terras.
Não me perguntem o porque! Não saberia responder. Meu destino foi traçado, e eu sei disso, então aguardo nosso próximo reencontro.

12 de jan. de 2012

DEIXA-ME



Deixa-me ser a senhora do teu destino, para guiar-te e proteger-te por toda eternidade.
Deixa-me ser a dona da tua alma, que tanto em encanta, para jamais deixar você se perder, longe de mim.
Deixa-me ser a dona do teu sangue, o qual me alimenta, mas acima de tudo é tua vida.
Peço-te apenas, deixa-me cuidar de você.
Amar-te da maneira que sei, sem cobranças, sem medo!
Por apenas essa noite e nada mais!
E amanhã, se quiser partir, não vou impedir, porque TE AMO assim na calada da noite, na fúria da madrugada pela eternidade.

Saudades eternas.







(DEIXA-ME SER A SENHORA DO TEU DESTINO, A DONA DO TEU SANGUE E DA TUA ALMA, POR APENAS ESSA NOITE E NADA MAIS!*FRASE ATUAL DO MEU MSN*)

HOJE

Hoje....
Deixa-me sonhar, não te peço mais nada!
Deixa-me viajar nas letras de todas as músicas, nas palavras de um verso!
Quero a alegria do teu sorriso, a paz da tua alma, porque isso me faz feliz!
Quero o silêncio da tua alma, o bater do teu coração, bem próximo ao meu. para que a solidão não me torture,não me faça mudar!
Então, hoje... invento, recrio, me transformo, para que meus sonhos sejam ternos, para que simplesmente siga em paz!
Então seguirei pela madrugada sem fim, buscando em meus sonhos, motivos para sorrir, em busca de você meu doce encanto, meu grande amor!
E que a noite seja terna, que meus sonhos te tragam até mim, para que sonhemos juntos mais uma vez!
Que meu coração, não acalente o ódio ou a saudade, mas seja preenchido com amor, muito amor!
E que a cada amanhecer, esse sentimento se renove, a cada anoitecer a alegria de saber que mais um dia longe de você subtraiu-se do tempo que nos separa.
Sou feliz assim e nada mais... por apenas hoje!

É VOCÊ


É Você....
Meu sonho mais lindo
Meu desejo mais secreto
Minha razão de viver
Minha esperança de ser feliz
Meu encanto, minha ternura
Minha maior perdição
Meu segredo... minha alma
Meu silêncio.... meu olhar
Você.. apenas você e mais ninguém
Pode me ver assim como sou...
Por isso és tudo o que és...
Meu personagem preferido... dos meus contos mais secretos
Meu mundo imaginário... minha felicidade
Amo-te pela eternidade....
Saudades ....

12 de dez. de 2011

DESTINO




França, século XV. A Guerra dos Cem Anos finalmente chegava ao fim e a França estava livre do domínio Inglês. No entanto, a batalha entre lobisomens e vampiros e pela alma dos mortais estava apenas começando.
Um Cavaleiro Negro retornava pra casa, a cidade de Orleans, depois de décadas lutando nos campos de batalha. Seu nome era Allan Toran. A Ordem dos Cavaleiros Negros era temida e considerada amaldiçoada mesmo pelos ingleses. Lutavam apenas de noite e diziam que seus cavaleiros se alimentavam de sangue.
Allan usava uma bela armadura negra com alguns detalhes e desenhos muito bonitos em prata, o mais marcante era o rosto de um lobo na altura do peito. Trazia consigo duas armas, uma espada embainhada nas costas e um punhal de prata na cintura.
Estava sem capacete e tinha a fisionomia realmente linda, embora fosse marcante em seu semblante o ar impiedoso dos predadores.
Por isso, ao mesmo tempo que causava interesse provocava pavor.
Com traços finos e pele muito branca e pálida, pareceria um doente terminal se não fosse sua aura de guerreiro, realçada pela armadura negra que provocava arrepios.
Mas a coisa mais insólita da criatura da noite eram seus olhos espelhados e prateados.
Para alguns eram angelicais e para outros um convite a morte.
O vampiro entra na Taverna do Uivo do Lobo sendo observado pelos mortais curiosos.
Até ai, nada de estranho.
Era uma máquina de matar perfeita, tudo nele atraia sua presa.
No entanto, três estranhos plebeus com cheiro de cachorro molhado logo chamam a sua atenção. Estavam mal vestidos e pareciam bêbados, mas eram enormes e muito fortes.
O Vampiro apenas senta-se numa mesa e pede um cálice de vinho enquanto lança um olhar desafiador sobre os três. 
Naquela mesma ocasião, ele não percebeu que também era observado... Discretamente... é claro.
A mulher que servia as mesas... Observava-o num misto de espanto e veneração, ela já tinha ouvido falar sobre eles, mas jamais havia encontrado um assim, tão perto.
E então de aproxima da mesa com a bandeja e diz:
- Milorde... Sua bebida! *reverencias*.
Ela automaticamente deixa o cálice sobre a mesa e se afasta.
Notando também que os três bêbados ao lado observavam-no sem nada a dizer. Levou-os novamente a bebida.
Ela então ficou atrás do balcão, esperando que alguém solicitasse... mais alguma coisa... mas não conseguia tirar os olhos daquele ser.
O vampiro recebeu o vinho sem se quer olhar para ela mas quando a garota começou a se afastar sentiu o perfume natural que emanava de seu corpo e fixou seus olhos prateados e sombrios nela por um bom tempo.
Num determinado instante seus olhos se cruzaram e ela pode se ver refletida na vista dele.
Em seguida Allan tomou um gole de seu vinho e então se levantou indo na direção dela mas foi subitamente bloqueado por um daqueles três homens fortes e altos.
Embora mais ninguém no bar soubesse o motivo daquela briga, Allan sabia muito bem.
Havia sentido a metros de distancia o cheiro de lobisomem deles e os lobisomens tinham a certeza que os cavaleiros negros eram vampiros.
O homem de mais de 1,90m diz então sussurrado no ouvido do cavaleiro.
- Você não vai se alimentar hoje sua criatura miserável das trevas !
O vampiro então dá meia volta como se fosse embora e saca subitamente e numa velocidade sobre-humana sua espada e degola a criatura.
O sangue jorra em grande quantidade pra todo o lado.
O rosto e a parte frontal da armadura de Allan ficam encharcados e, provavelmente a garota também tenha se sujado de sangue.
Neste mesmo instante, algo ainda mais surpreendente e apavorante acontece. Os outros dois plebeus se transformam em lobisomens bem na frente de todos. Pronto, a confusão estava formada e o tumulto e o medo imperaram no lugar.
Todos saíram desesperados daquele lugar, apenas ela.
Refugiou-se atrás do balcão, onde se achava completamente protegida da confusão. Ainda sentia aquela criatura em seu íntimo.  
Os dois Lobisomens eram enormes, feras vorazes, capaz de acabar com qualquer um que cruzasse o seu caminho, ela já estava acostumada com os Lobisomens, porque eram fieis fregueses naquele estabelecimento, se não mexessem com eles, tudo ficava bem, por um segundo ela temeu por aquele desconhecido, os dois animais ferozes avançaram sobre ele, todos os dois ao mesmo tempo, ele desvencilhou deles e com uma habilidade fora do comum, os Lobisomens lutaram valentemente, mas aquele ser era muito mais rápido que eles, decapitou-os sem chance de defesa dos mesmos.
Imagem horrível de ser vista.
Havia sangue por toda a parte, fazendo-a sentir náuseas pelo cheiro de morte que tomou aquele lugar e de repente o silêncio.
Ela continuava abaixada atrás do balcão, sé então notou suas vestes, completamente coberta de sangue.
Sua mente estava em um turbilhão de pensamentos, embora vivesse naquele local há tempos, jamais havia visto tal derramamento de sangue.
Resolveu ficar ali... esperando que aquele estranho se retirasse do local, e que tudo voltasse ao normal.
Durante o conflito os caninos do vampiro se tornaram grandes e visivelmente insólitos assim como seus olhos que ficaram prateados e luminescentes e ele se preocupou em ter quebrado a máscara (descobrirem que ele é vampiro) mas ao ver que todos tinham fugido, sentou-se e essa idéia saiu de sua cabeça.
Além disso, tinha outras preocupações.
Seu corpo estava todo dolorido.
A armadura havia sido perfurada e sua carne rasgada em vários lugares pelas garras dos lupinos.
Cerrou os olhos apoiando a mão sobre o rosto e soltou um grunhido abafado e sinistro de dor e então se levantou e sussurrou:
-  Preciso de sangue... e então é que se deu conta que a garota havia ficado e a olhou diretamente em seus olhos.
 Mas logo em seguida fitou a garotinha dela como um lobo faminto. Obviamente ela notava que ele não era humano, podia não saber q se tratava de um vampiro.
Mas não teria duvida alguma que a criatura diante si era uma serva das trevas. Porém, assim como várias drogas que matam e atraem o coração angustiado dos mortais ele, provavelmente, a atrairia.
A despeito de todo o medo que ela poderia estar sentindo, talvez não saísse correndo pois ele a desejava e queria possuí-la por completo, não apenas seu sangue, mas também sua alma e ela sentia isso...pois o espírito da garota já estava sendo devorado pelos pensamentos sombrios do vampiro e ela se sentia mais desejada do que jamais havia sido*
Mas ela, sentia o perigo, então concentrou-se tentando desvincilhar-se dos pensamentos daquela vil criatura e sua primeira providência foi fazer com que sua adorada sobrinha estivesse em segurança então sussurrou algo em seus ouvidos e a pequena garota, saiu do recinto pelas portas do fundo... ficando ela e aquela fera apenas.
Eles se observavam mutuamente... nem uma palavra... nem um gesto... parece que o tempo tinha parado naquele momento, ela viu-se então refletida nos olhos daquele ser e sentiu um calafrio. Só então notou os ferimentos naquela fera... lentamente... virou-se e pegou a garrafa de absinto....oferecendo a fera em sua frente e dizendo:
- Tome um gole.... e vá.... em breve virão atrás de você!
Allan pegou com firmeza no pulso dela numa velocidade sobrenatural, a taça de absinto chega a cair e quebrar.
A garota podia reparar que no lugar dos dedos dele haviam garras de vampiro.. a criatura das trevas então aproxima seus caninos do pulso dela, estava quase lhe dando uma mordida quando a empurra com certa força.
Talvez ela tenha caído...então observa sua própria mão esquerda que estava tremendo bastante, logo cerra a mão e a tremedeira praticamente cessa. 
Seus olhos prateados tornam-se vermelhos, marejados de sangue.. ele então sussurra fitando o chão um tanto desolado.
- Os mocinhos não fogem..o que você acha que eu sou sua idi.. (tosse),  quero dizer...senhorita.
Ele se levanta e vai até ela...seus caninos haviam diminuído e seu semblante era de um nobre cavaleiro.
- Eu não sou um assassino, apenas um cavaleiro amaldiçoado e sobre essas criaturas que matei, são seres repugnantes.
Se aproxima ainda mais dela...suas garras haviam desaparecidos também...aos poucos voltava a ter a aparência humana.
 Inspira o perfume que exalava da pela da garota..em verdade, com seus Sentidos Aguçados, o vampiro podia sentir o cheiro delicioso de seu sangue que exalava através de sua pele macia.
-Além disso, o que você acha que os guardas mortais do governador podem contra mim?
Pega com cuidado no pulso da garota, o mesmo que havia apertado com força e ela pode sentir a mão gélida do morto-vivo em sua pele morna.
- Lembre-se, você e sua filha (achou que a garota fosse filha dela) não devem contar sobre a minha natureza a ninguém. (diz com a voz rouca e abafada)
E continua  olhando-a  numa mistura de seriedade e ternura...e então fita o chão enquanto sua mão fria escorrega pelo braço da garota até chegar na palma da mão dela...o vampiro então sussurra algo inesperado aos seus próprios ouvidos.
- Desculpe milady ! Solta a mão da garota...
- É claro que você tem o direito de agir como bem entender mas saiba que se souberem da minha natureza eu matarei a todos... a olha ternamente, impressionado com a beleza e perfumes da "mortal"
- Somente a sua vida e daqueles que você ama serão poupadas.
Ela olhava-o imaginando o que se passava em sua mente sombria, mas não conseguia entender. De repente ouve-se barulho lá fora... são os guardas do governador.... teria de fazer algo... Olhou para aquele ser e disse:
- Saia pelos fundos.... seu segredo esta seguro comigo, não quero mais sangue derramado aqui.
Ele não disse nada... pegou sua espada.. e saiu pelos fundos. No mesmo instante... os guardas entraram e como de costume... já foram revistando tudo... antes de perguntar o que tinha acontecido.
Intimamente ela rezava para que aquela criatura tenha tido tempo de sair dali antes deles o virem. Um guarda disse:
 - O que houve aqui?
Ela simplesmente respondeu:
 - Briga de bêbados meu senhor... sabe como é!
Ele respondeu ríspido:
- Sei... e onde está o assassino?
-  Ele saiu assim que matou-os... não sei informar.
Eles recolheram os corpos... ficando apenas aquele odor de sangue no ar. Finalmente  saíram, e foram atrás daquele ser. Só então ela se deu conta dos últimos acontecimentos... sua roupa suja se sangue... sentia a morte em sua alma.
 Mas mesmo assim desejava que aquele estranho estivesse realmente em segurança. Alguns dias se passaram, e não teve mais noticias daquele ser.  Talvez fosse melhor assim...os lobisomens voltavam a freqüentar seu estabelecimentos parecida que tudo estava em paz.
Por conta do tumulto formado naquela noite fatídica, a inquisição aumentou o cerco contra as criaturas das trevas na região.
Também a tribo dos lobisomens mortos começaram a freqüentar muito mais o bar em busca de pistas e vingança. Um dos lupinos, na sua forma humana se aproxima da garota
-  Boa noite, se você sabe do paradeiro do assassino me diga, ele é mais perigoso do que você pode imaginar!
Nesse mesmo instante, um lindo lobo branco possuindo um olho azul e outro verde entra no recinto.. Muitos ficam com medo e outros apenas curiosos. O lobo se dirige diretamente para a garota como se fosse dela.
 A mortal poderia imaginar se tratar do vampiro mas não havia criatura ou magia capaz de provar isso...
O lobo senta-se perto dela e roça sua cabeça em sua perna numa forma de afeto e para surpresa da garota sua temperatura era quente,depois o animal observa com atenção aquele lupino e também o resto de sua tribo que estava sentada numa mesa.
Simplesmente ela respondeu aquele Lupino que nunca mais havia encontrado tal criatura e que nem sabia de seu paradeiro (bem isso era verdade, ao menos até alguns minutos atrás, porque seu coração dizia que era ele, ali bem a sua frente).
Ela tentou disfarçar para todos, sobre o lobo... embora a tivessem questionado. Ela disse que já cuidava dele a algum  tempo na floresta e que agora ele vinha sempre visitar-lhe, mas era a primeira vez que vinha com a Taberna cheia. Ela acariciou a cabeça daquele lobo... e fez um gesto para que ele fosse para os fundos da taverna, lentamente ele se levantou, olhou para todos... e seguiu para os fundos.
Mas de tempos em tempos, ele vinha até a porta, olhava-a e voltava. Ela estava ansiosa demais, para o fechamento da Taverna, queria se livrar de todos, e descobrir o que aquele estranho estava fazendo lá, já que era caçado, e que os soldados estavam sempre ali, e ainda mais, os lupinos estavam em completo alerta, em relação a isso. E em partes ela estava curiosa demais, como ele teria conseguido essa mutação? Já passava da meia noite... quando o ultimo freguês foi embora, ela fechou tudo rapidamente, e  certificou-se que ninguém observava o local, fechou bem as janelas e a porta principal, quando se virou, o lobo observava-a, e mais uma vez ela viu-se refletida em seus olhos.
O lobo se aproximou dela e, subitamente, retornou a sua forma!"humana". Estava novamente ali, o lugar onde era odiado e caçado, unicamente por ela. Mais do que tudo desejava o sangue que corria em suas veias.
Chega ainda mais perto dela, quase recostando seu corpo gélido na pele trepida da garota e, nesse instante ela sente um calafrio sombrio, como se a própria morte a estivesse espreitando.
Então pega suavemente na mão da garota, deslizando seus dedos frios sobre os dela. Nesse instante, ele a olha como há tempos não olhava para uma "mortal". Sua admiração por ela ia alem do aroma enlouquecedor do seu sangue.
O vampiro desejava devorá-la mas também a queria possuir por completo e ela podia sentir isso através do seu olhar. Por fim, simplesmente diz.
- Milady, me daria a honra de saber o seu nome?
Ela olhou-o num misto de admiração, e medo...e disse:
- Meu nome é Emini...Milorde... não é seguro para o senhor aqui.... não viu que estão todos a sua procura? Temo por sua segurança.
Nesse momento alguém bate na porta... ela olha para Allan... e apenas pede pra ele seguir para os fundos...cuido disso.
- Já fechamos... volte amanhã !
Mas continuavam a insistir na porta... quando ela resolveu abrir. Era o líder dos lobisomens....que entrou e foi logo dizendo:
-  Tem um lobo aqui....onde ele esta?
- Engano seu... ele já foi... voltou para a floresta.... onde é o lugar dele. Agora... se me permite... preciso fechar a taberna... tenho muitas coisas a fazer.
Num gesto, fez o lobisomem recuar até a entrada e bateu a porta, como se seguisse o instinto, correu para os fundos da taberna.. lá estava ele... sentado em um barril.. esperando ela voltar...(ela sorriu... ) e serviu-lhe uma taça de vinho...e disse:
- Fique aqui... os lobisomens estão vasculhando a floresta e os arredores do povoado, não é seguro partir agora, mas Milorde... porque veio novamente até a taberna... sabendo que está sendo procurado?
 O vampiro escutou tudo o que ela dizia, mas parecia mais interessado em observar todos os seus movimentos, tão graciosos e cheios de vida. 
A admiração e o desejo da criatura das trevas por Emini era tanta que ele chegava a pensar se ela já não sabia a resposta para sua própria pergunta.
Ora seus olhos espelhados fitavam os dela, ora seu pescoço macio e perfumado pelo sangue inebriante que circulava pelas suas veias.
Então tomou um gole de vinho e se levantou aproximando-se dela e disse:
- Eu voltei por sua causa, Emini - sorri e nesse instante ela pode ver que seus lindos caninos afiados tinham crescido e seus olhos estavam mais brilhantes e prateados tornando o semblante do vampiro extremamente sombrio. ele aproxima sua mao gélida da dela, quase tocando, mas para antes disso, talvez nao quizesse assusta-la demais.
-  Milady, te darei uma coisa que nenhuma vitima minha antes de você teve, escolha. Me de seu sangue, entregue seu corpo a mim por está noite ou então terei que fazer isso a força e não quero, se você sente alguma coisa por mim, seja minha por vontade própria, não me force a tomá-la pois me sentiria péssimo. Só não me pessa pra ir, porque isso não consigo, depois de sentir o perfume de seu sangue, sou assombrado todas as noites pela mordida que jamais dei e não consigo mais resistir ao desejo de possui-la* e então ele se cala e espera a resposta dela com a paciência dos predadores que aguardam calmamente o vacilo de sua presa para atacar.
 Emini... assustou-se com a proposta, e afastou-se um pouco de seu algoz amigo... Temia por sua sanidade.. seus desejos e tudo o que se passava em sua cabeça naquele momento. Sentia-se atraída por ele (porque não dizer completamente apaixonada por aquele estranho), parecia que ele poderia escutar seus pensamentos... então tentou acalmar-se diante dele. Deveria contar antes.. quem realmente era, talvez isso fizesse que ele a odiasse e a matasse.... sem dar-lhe a chance da escolha e disse:
- Milorde... tenho que contar-lhe algo.. antes que se aposse de meu corpo... de meu sangue... de minha alma. Não sou humana.. como pensas... então creio que não desejará mais meu sangue.... como pensa... e sim desejará matar-me como já fez com tantos....(ela deu uma pausa para acalmar seu coração e tentar analisar o efeito de suas palavras perante ele)... Sou uma vampira... e mostrou-se realmente como era, sou como o senhor... vivo aqui... pq aprendi a ocultar minha essência.... pra minha própria segurança. Então... qual sua sentença?
Allan podia mesmo sentir o medo aflorar dentro dela. Depois escutou com atenção e calma cada palavra que era emitida pelos lábios trépidos de Emini e deu um sorriso sereno mostrando seus lindos caninos afiados, quanto lhe pediu a sentença. Por fim, disse num sussurro abafado que parecia acalmar a alma da vampira.
-   Não tenha medo de mim milady (alisa o rosto dela com as costas dos dedos como se tocasse numa flor delicada)
- Seu sangue pode não ser quente e cheio de vida como a de uma mortal, mas de você eu quero tudo. Tenho certeza que não existe na face da Terra mortal ou imortal que tem o sangue mais doce e puro que o seu e eu o provaria ao menos uma única vez mesmo que isso me levasse a morte tomado pelos pesadelos que você carrega em seu coração negro.
Nesse momento o vampiro aproxima lentamente seus lábios dos dela, mas não a beijaria forçadamente, ia bem devagar como se esperando a aprovação dela.
Embora Emini, pudesse sentir o desejo daquele ser sobre ela... ela temia pela sua própria existência, sabia que no fundo, esperava-o a séculos, via-o em seus sonhos mais secretos, chamava-o... pôde saber disso quando ele adentrou em sua taverna, aquele corpo tão próximo, fazia-a tremer de medo e ao mesmo tempo de desejo... mas decidiu se render, talvez fosse a ultima vez que pudesse sentir um beijo, e depois disso seria apenas a dor e a morte... mas correria o risco... porque no fundo confiava naquele ser... embora fossem completamente diferentes, ela podia sentir a fúria nele, a fúria que ela não possuía, porque ainda tinha mantido sua alma pura.
Então ela se aproximou de Allan, e rendeu-se ao beijo tão esperado, e foi um beijo tão terno, ela jamais esperava isso de um ser das trevas... que aos poucos seu coração foi se acalmando.
O beijo do vampiro foi realmente doce e terno mas havia tanta dor no coração dele que logo ela também podia sentir a sua tristeza. Allan pegou na mão de Emini em baixo e sentiu os seus dedos suavemente como se pedisse a ela que lhe salvasse de toda sua dor. Mas não era suficiente, ele precisa da essência da vampira, mas, como não queria nada dela a força, tocou em sua face cálida a olhando com clemência. A mão do vampiro estava mais fria que a própria morte. Nesse instante ela pode perceber que ele queria senti-la dentro de si. Mais do que isso, as mãos tremulas do vampiro tocando em sua face sagrada deixava claro a Emini que ele implorava pelo seu sangue. Ela podia sentir em sua alma amaldiçoada que a criatura das trevas queria descansar sobre os sentimentos e lembranças de seu sangue puro. Os caninos de Allan estavam enormes e ele podia tê-la matado ali mesmo, mas via nela sua salvação e simplesmente recostou a cabeça sobre o ombro dela inspirando o perfume de seu sangue e sussurrou implorando:
- Por favor milady, deixe-me provar uma gota de seu sangue que seja!
Nesse momento, Emini sabia, que não poderia mais fugir daquela fera a sua frente, eram iguais, de certa forma... então.... ela exitou por alguns segundos.... sabia que poderia ser seu fim.... mas mesmo assim lentamente ela afastou seus cabelos.... e ofereceu-lhe o sangue que tanto desejava.... ao contrario do que ela esperava... ele aproximou-se lentamente e finalmente mordeu-a... a dor foi imensa... ela já não se lembrava disso... e mesmo sem querer abafou o grito, preso em sua garganta.. pois sabia que poderiam escutar..e os problemas seriam ainda maiores...ele enlaçou-a pela cintura... para que pudesse ter maior apoio sobre seu corpo... ela já não tinha forças para lutar... apenas pedia para que ele parasse no momento certo... não a matasse ali... porque os lobos sentiriam isso.. e viriam atrás dele.
De olhos cerrados Allan sorvia o elixir da vampira sentindo toda a dor e obcuridade de sua alma negra. Bebia lentamente, mas não conseguia parar, sempre queria mais e mais, pois encontrava no sangue dela a salvação de uma vida inteira em desgraça. Logo entrou em extase e seu corpo frio perdeu as forças, então sentou-se numa cadeira pegando-a como uma criança em seu colo e acariciando ternamente seus cabelos, sussurrou:
- Eu te darei paz!
Então a mordeu no mesmo lugar com mais força ainda disposto a devora-la por completo. Tomaria até a ultima gota de seu sangue puro e depois a sua alma imortal. Mas, o sangue de Emini, que poderia ser sua ruina, foi, na verdade, sua salvaçao. Subtamente, Allan parou de sugar-lhe a vida e a abraçou. Estava com os olhos cobertos de lagrimas de sangue:
- Desculpe minha anja, nao sei o q me deu*sua voz estava abafada e engasgada e demonstrava um profundo arrependimento.
- Eu preciso tanto de vc, nao posso perde-la!
 Ela já não podia mais ouvi-lo naquele momento, estava fraca demais... mas sentia-o em sua alma, sentia sua aflição... seu desespero, e apenas conseguiu suspirar mais uma vez, afirmando-lhe que ainda existia vida naquele corpo em seus braços.
Nesse momento, ouvem-se batidas na porta, estrondos pra ser mais certa e uma voz grita:
- Abra a porta Emini, sabemos que ele está aí!
A voz era do líder dos lycans, seu melhor amigo... Lucian, ela sabia disso... Ela olhou para Allan, implorando para que ele a deixasse ali, e tratasse de se proteger... ela sabia se cuidar... então reuniu mais uma vez suas forças e gritou:
- Vá....saia daqui... proteja-se.... nos encontramos daqui a três dias... na cachoeira... sabe onde é... agora vá!
Nesse momento voltou a desfalecer nos braços de seu algoz.
O vampiro levanta-se com ela em seu colo, era tao forte que Emini sentia-se flutuando em seus braços, como se estivesse acolhida pela neblina fria da noite. 
Entao, a deita cuidadosamente no chao, abaixando-se diante dela.
Morde seu proprio pulso e derrama sangue nos labios da vampira enquanto alisava seus cabelos com ternura. E ela soube naquele instante q fugir nao estava nos planos do cainita.
-  Sei que é seu conhecido, mas não posso deixar viver uma criatura que ameaça a minha amada! -  sorri.
Apesar dos olhos prateados e caninos afiados, tinha o semblante dos anjos
- Eu nao tenho medo de morrer, só nao me peça para ser um covarde!
Entao recosta suavemente seu pulso nos labios de Emini.
- Se quiser pode me matar agora, seria maravilhoso perder a vida nos seus caninos. Meu sangue e minha alma sao seus para fazer o que bem entender.
 Ao sentir o sangue quente do vampiro em seus lábios, automáticamente ela começa a sugar, porque seu instinto fala mais alto, era tão forte aquele sangue, que ela não pode resistir, sentia suas forças voltarem, e logo sentiu-se forte para levantar-se, tentou controlar-se ao máximo para não drenar todo o sangue que lhe era oferecido, pois á séculos não se alimentava assim, de outro vampiro, alguns minutos depois olhou para Allan e disse:
 - Grata Milorde... agora precisa sair daqui, sabe disso! Sei que não és covarde, mas não gostaria de ver sangue derramado novamente aqui...Irei ao seu encontro assim que possível... confie em mim!
Nesse momento as batidas na porta tornava-se ainda mais fortes e outros lycans já estavam lá fora tambem acompanhando Lucian. Ela beijou-lhe os lábios.... quase que implorando que partisse....
O beijo demorou por um longo tempo, fazia séculos que o vampiro não sentia prazer em sentir os lábios e o toque de uma mulher, então tocou em seu rosto cálido, ele tinha um sorriso discreto e estava ligeiramente trépido. Seu coração queria obedece-la, pois não queria que ela sofresse. No entanto, não podia recuar, ainda mais perante os lupinos.
-  Desculpe milady, não posso partir, mas te prometo que não serei eu quem vai iniciar a matança hoje. Deixarei que você resolva tudo como desejar.
Então, Allan manda que entrem
-  Entrem mald.. (engole a seco lembrando-se da promessa que havia feito a ela) Entrem meus amigos! sorriu cinicamente.
Eles se olharam.... naquela hora ela soube que seria sua cúmplice naquela matança e disse:
- Que o destino se cumpra !
Nesse momento ela pegou atrás do balcão sua adaga e sua espada que eram de prata, que sempre ficavam ao seu alcance, manteve sua forma de vampira, nesse momento  eles entraram e ficaram assustados com o que viram então Lucian disse:
- Maldito.... o que fez com Emini?
Allan ia responder... mas ela disse:
- Nada .. eu sempre fui Vampira... só você não via!
Lucian estava furioso com a declaração...e gritou:
- Matem-os sem pena... nesse momento olhei para Allan e ficamos um de costas para o outro... estávamos cercados, e começaram a nos atacar. Allan era muito mais rápido que eu, mas minha sede pelo sangue dos lycans falou mais alto e começamos a matança, nos defendíamos apenas, sentia os golpes daqueles lycans e isso me deixava ainda mais furiosa, minha lamina afiada decapitava-os, podia sentir o sangue quente deles em mim, e mesmo sem querer isso dava-me prazer... lutamos por algum tempo... até que restou apenas Lucian , estávamos feridos também... mas “vivos”, sentia-me enfraquecer.. mas não cairia ali, usaria a força do meu sangue. Lucian estava completamente transtornado... então eu disse:
- Deixe-nos ir ...não desejo feri-lo sabe disso... és meu amigo, nesse momento ele urrou e disse:
-  Amigo... jamais serei seu amigo... sua Maldita... será caçada como o animal que é... sabe disso...
Nesse momento ele tomou sua forma de lycan e avançou sobre mim... não queria matá-lo e Allan sentia isso.... antes que ele chegasse até mim Allan se postou a minha frente e fez ele sentir o aço de sua espada... atravessando-o sem piedade... rasgando-o da cintura para cima, nesse momento senti minhas forças faltarem... mesmo sem querer...e disse:
- Pronto... tudo acabado aqui... Vamos!
Emini disse vamos, mas o vampiro não conseguia se mexer. Estava sem ação, completamente fascinado por ela. Já a amava por sua beleza e docilidade, mas, agora, podia sentir a mais ardente paixão pela vampira. Havia caminhado pela Terra por mais de três séculos, lutado em centenas de campos de batalha e matado dezenas de lupinos, mas nunca conhecera uma vampira com a forca e sede de sangue de Emini. Ele, realmente não acreditava no que via. Gostaria de ter-lhe dito os mais belos elogios, mas sabia que pareceria um tolo. Emini era uma vampira maravilhosa e antiga, seria um insulto elogia-la por sua destreza e forca aquela altura. Então, simplesmente disse.
- Lutou bem, milady!
E a tocou na face com ternura, podia sentir a sua tristeza.
- Sinto pela sua perda. Mas, seu amigo e os guerreiros dele lutaram com honra e merecem um enterro digno. Se vc assim desejar, eu te ajudo com isso.
Emini, simplesmente se vira... pega uma garrafa de Absinto enche dois copos e entrega um a Allan dizendo:
- Brindemos a morte desses animais e a nossa Vitória!
Após e brinde e sorverem a bebida ela simplesmente olha pra ele e diz:
- Não temos tempo pra isso, logo chegarão os outros, que sejam queimados, sem rastros... sem provas, precisamos sair daqui!
Dizendo isso ateia fogo nos corpos e no estabelecimento que tanto amava. Ao saírem  ela ainda passa algum tempo olhando o passado desaparecendo mais uma vez, mas fez o que deveria ser feito... não tinha mais volta...
Enquanto Emini queimava os corpos dos lupinos, Allan tomava absinto, pensando sobre os efeitos que aquela noite trágica teriam sobre a alma sombria da vampira que ele tanto amava. Sim, ele a amava, embora nunca tenha dito isso a ela. O cainita sentia que ela não era tão fria assim, embora tivesse um desejo por sangue e dor maravilhosamente insaciável. No entanto, sabia que sentimentos de amor e piedade eram mal vistos entre os mortos vivos e, talvez, ela tenha preferido ser forte a ser confortada. Talvez, fosse a única maneira que ela soubesse agir. Mas, pensou consigo mesmo:
 - Eu só queria te-la em meus braços, beijar seus lábios frios, acalmar seu coração negro.
Mas, também era um vampiro antigo e, como ela, tinha dificuldade em expressar seus sentimentos de fraqueza. Então, apenas a pegou na mão em baixo e a beijaria com ternura e paixão e ela saberia que ele sentia pelas perdas dela e que a amava muito.
- Eu queria que nada disso fosse necessário – disse a ela -, mas não há mais volta, não para nós. Eu sei, que somente a dor e a morte te fazem feliz, mas também te machuca. Corrói ainda mais sua alma negra. Mas... uma lagrima rubra risca o rosto pálido do vampiro... entao, ele se vira um pouco de lado tentando esconder...
-Queria que soubesse que eu te amo muito.
Engole a seco fitando o chão, tinha medo que ela não sentisse o mesmo por ele. Tinha medo que ela o desprezasse pelos seus sentimentos humanos.
- Eu não sou assim, Milady, eu juro. Mas, perto de voce não sei o que acontece. Meu corpo treme, parece que ate mesmo meu coração volta a bater. Se não sente o mesmo por mim, me diz, por favor, e então termine comigo. Beba todo meu sangue, pois não consigo mais continuar sem voce, desculpa!
Nesse momento, Emini, não conseguiu mais segurar suas emoções, sentia-se ferida, machucada, o próprio demônio, por ter feito o que fez, nesse momento recordou-se que era apenas uma mulher, e que desejava ser amada, estava cansada de ser a fera, a superior, então tocou a face de Allan, fazendo-o olhar para ela e disse:
- Meu amado Allan... és tudo o que tenho de mais precioso agora,  previ sua vinda, nosso encontro, e sabia que você seria o dono do meu coração, desde aquele dia em que nos vimos a primeira vez, eu o amei... sabia que era perigoso... mas admito meu adorado, EU AMO VOCÊ... e também não sei mais viver sem você.
Nesse momento, ela beija-lhe os lábios com toda ternura existente em sua alma, e por um segundo é capaz  de sentir que seus corações apesar de Negros, batem na mesma sintonia, naquele momento desejava apenas estar nos braços daquele que a encantou.
De repente, ouvem um barulho, imediatamente eles se afastam então ela diz:
- Vamos, não é seguro ficarmos aqui...
Eles montam em seus cavalos e saem em disparada, para o centro da floresta, onde Emini, possuía seu esconderijo. Allan apenas a acompanhou e nada disse. Chegando ao local, ela desce do cavalo, e faz sinal a ele para que faça o mesmo.
Ao descerem do cavalo, Emini espanta os animais, naquele momento Allan se irrita, precisariam daqueles animais, caso fosse necessário uma fuga,  e diz:
- Por que fez isso? Podíamos precisar deles depois.
-Não Allan, eles pertencem aos lycans, e provavelmente voltaram ao seu local de origem, sem contar que os lycans podem fareja-los e nos encontrar facilmente, se acalme e me acompanhe.
Allan não via nada naquele descampado em frente ao rio, que pudesse servir de esconderijo, até que ele notou, a cachoeira, atrás dela estava o caminho para o outro lado do vale. Quando entraram, Allan sentiu-se mais tranqüilo então parou e segurou-lhe pela mão impedindo que ela continuasse.
- O que houve Milorde?
- Nada...
Nesse momento ele a puxou para si, enlaçando-a pela cintura e beijando-a carinhosamente, beijo ao qual ela retribuiu, esquecendo-se de tudo e todos os acontecimentos daquela noite fátidica.
Nessa  noite, eles não desejavam mais nada, apenas estar um nos braços do outro, e assim o fizeram, passaram a noite, naquela caverna, acalmando assim o coração negro um do outro.
E quando amanheceu, os dois estavam adormecidos. Na maioria das vezes, é quase impossível para um vampiro se levantar durante o dia, o corpo não responde. Ate mesmo abrir os olhos é uma tarefa difícil. Mas, certos vampiros possuem uma qualidade, uma evolução na verdade, que os permitem se erguerem a luz do dia. Muito útil, quando se esta sendo caçado pela inquisição ou por lupinos. Allan tinha isso e acaba se levantando por volta do meio dia so para ver sua amada dormindo. Depois de ter sido abraçado pelas trevas, nunca tinha feito algo parecido. Apenas acordou durante o dia uma vez, o que lhe salvou da morte certa pelas mãos de um famoso padre inquisitor. Mas estava la por ela. Não sabia bem o porque, mas não podia se quer esperar a noite seguinte para rever a sua adorada. Tinham feito amor na noite anterior e ainda estavam nus. Emini, coberta de sangue. O sangue sagrado dos dois, pois ambos eram deuses entre os imortais, vampiros mt antigos e poderosos. Então, o cainita se abaixa diante do corpo inerte da sua amada, uma preza fácil agora, e alisa com as pontas dos dedos todo o seu corpo gélido, sentindo sua pele macia e cálida, lembrando-se da noite anterior. Logo seus caninos crescem, seria difícil resistir, ele nem se quer cogitava isso. Então o cainita mordeu o pulso de Emini e tomou de seu sangue lentamente. Sabia que teria que tomar cuidado para não mata-la, teria q controlar a Besta dentro de si. Alem disso, não queria acabar logo. Tinha a intenção de passar o dia inteiro se aproveitando do corpo de sua amada, Morde-la varias vezes em todos os lugares possíveis. E assim ele fez. Depois de morder o pulso dela, mordeu o pescoço. Então, os seios, em vários lugares, suas pernas. Eram mordidas cada vez mais fortes e profundas e de cada parte do corpo de Emini Allan sorvia um pouco de seu sangue tentador. Imaginou se ela acordaria, ou se, pelo menos, sentiria todo o prazer aterrador que ele sentia. Não demorou entrou em êxtase, o mais intenso e demorado de sua vida. Por alguns minutos, perdeu o juízo. Pode se ver na praia de seus sonhos numa bela manha de Sol com Emini. Dessa vez, ela não tinha caninos, nem sua pele era tão branca e fria. Os dois estavam vivos de verdade e ele podia sentir o coração dela bater junto ao seu. Mas, então, voltou a si, deitou no ventre dela a abraçando com ternura e adormeceu.
Emini na realidade estava desperta.... sabia muito bem o que estava acontecendo,  e decidiu render-se ao seu amado, apenas para dar-lhe o prazer merecido.  Seus sentidos estavam alertas.... era dia claro, e estavam a procura deles. Depois de se certificar que seu amado estava realmente adormecido, ela se levantou e foi banhar-se nas águas do rio, que cruzavam a montanha, um lado seu queria estar bem longe dali, estava confusa com todos os acontecimentos, mas sabia que amava Allan Toran, essa era a única certeza que ela tinha naquele momento, e isso acalmava seu coração negro naquele momento, já que havia voltado a ser a vampira, precisava de suas roupas,  não queria mais se vestir como uma camponesa,  então... banhou-se se vestiu... e silenciosamente saiu dali, teria de pegar suas coisas.
Certificou-se de que não havia ninguém por perto, para a segurança de seu amado, e foi até sua cabana, onde morava sozinha, graças aos deuses... nem sinal de lycans nem os guardas do governador,  entrou.. e foi direto ao compartimento secreto, atrás de seus utensílios vampiricos, teria de estar pronta para a batalha, caso ela fosse necessária. Então retornou o mais rápido que pode para a caverna, levando consigo os dois cavalos mais velozes de sua propriedade.
Poucas vezes se viu um cainita tão consumido pelas trevas como ele. O mal e o sadismo emanavam por todo o seu corpo frio. Alias, frio demais. Quando ele falava era como se a própria brisa da morte saísse de dentro de suas entranhas sem vida, mesmo as criaturas das trevas se arrepiavam. Sua presença era impressionante, assim como a dos toreadores. Mas, diferentemente daqueles, ao mesmo tempo em que causava uma atração incontrolável também provocava medo e despertava os desejos mais sombrios e masoquistas nos mortais e imortais. Tudo nele convidava a submissão e ao deleite carnal. Seus olhos prateados, seus caninos, ligeiramente proeminentes, sua voz rouca e abafada, que parecia ser proferida pelas profundezas do inferno e seu jeito de se mover lento e imponente, como um lobo cerceando sua presa e só por isso ele sobreviveu aquela noite. Segundos depois que Emini saiu, uma tribo de 10 lupinos invadiu a caverna onde Allan ainda dormia e sonhava com o dia anterior. Esses não eram lobisomens comuns, eram os guerreiros mais perigosos daquela tribo, maquinas de matar perfeitas, providas de espadas gigantescas. Assim que os lycans entraram o vampiro despertou, conhecia bem o cheiro repugnante daqueles monstros. No entanto, estava ainda atordoado e desarmado. Mas, assim que viu seus inimigos, se transformou e os lupinos tremeram. O vampiro era lindo como um anjo, mas amaldiçoado como o próprio satanás. Porém, passado o susto e como estavam em maior numero, os lobisomens se recomporam rapidamente, mas esses poucos segundos de medo foi o suficiente para que o vampiro pegasse sua espada e tomasse a iniciativa do combate.
Atacou com rapidez e força e conseguiu acertar um lobisomen na barriga partindo-o ao meio, mas foi acertado no rosto pelo mesmo. Um deslize mortal, ainda mais quando se luta contra 10, agora 9 na verdade. Mesmo assim, conseguiu desviar de dois ataques e acertar o crânio de outro lupino atravessando a espada pela sua boca. Um golpe lindo, assim como foi desenhado no seu escudo em prata que reluzia na noite, para que todos soubessem que o cavaleiro que vestia aquela armadura era um Cavaleiro Negro, um matador de lupinos. Um golpe maravilhoso de um guerreiro fantástico, mas pobre gangrel, sua sorte foi cruel.
Eram muitos e ele estava ferido na altura dos olhos, tinha dificuldade de ver e agora estava com um corte profundo no pescoço. Sim, no momento que desferiu o golpe mortal foi também acertado por outro e agora todo o seu sangue puro vazava em profusão pelo corte no seu pescoço. Ainda conseguiu se virar degolando e tirando a vida de mais um lobisomen, mas estava muito fraco. Logo foi cercado e atingido por varias espadas e então, simplesmente, desapareceu para pavor dos lupinos, que, em seguida, foram envolvidos por uma estranha névoa fria. Eis que nesse instante decisivo do combate chega Emini vestindo sua linda armadura negra com o brasão do dragão. Num salto espetacular ela degola mais um lycan. Depois, desvia de um golpe e corta as pernas de outro. Então, algo surpreendente acontece. A nevoa entra pelas narinas fétidas de um lupino e, segundos depois, ele explode e sai de dentro dele, como que renascido das trevas, o vampiro gangrel ainda retirando de si pedaços de carnes do monstro. O cainita havia bebido o sangue maldito do lupino e estava recuperado, suas feridas haviam sido fechadas. Os lobisomens, então, fugiram apavorados. Emini saiu atrás deles, mas Allan tombou vomitando sangue. Então a vampira voltou:
-          Meu amor, o que você tem?
-          Deixe-me, eu ficarei bem – diz enquanto vomitava ainda mais e sangue também era derramado pelos seus ouvidos e nariz – você precisa mata-los, meu amor.
Emini sabia que Allan estava tendo uma reação terrível ao sangue do lobisomen. Poucos foram os vampiros que beberam sangue daqueles monstros e continuaram vivos.
-          Não meu amor – disse ela -, não posso abandona-lo
E então o vampiro desmaia nos braços de sua amada. Doce morte, nem os próprios imortais estavam livres dela e ele sabia bem disso. Pega na mão de sua amada sussurrando já desacordado:
- Deixe-me morrer agora, em seus braços, sentindo seu perfume. Deixe que os últimos olhos que me vejam sejam os seus e não os olhos de ódio do mundo inteiro.
Ao ver Allan em seus braços, morrendo lentamente, Emini desesperou-se, não desejava perde-lo assim, maldita hora, que resolveu buscar seus pertences, devia ter previsto a emboscaca, só não entendi como tinham encontrado essa caverna, sentiu um desespero que jamais havia sentido antes, não podia perder Allan, o amava, e não iria permitir isso.
- Allan, meu amor, não desista – disse Emini entre lágrimas, - Não deixarei que desista!
Nesse momento, ela rasga seu pulso com os dentes, com uma fúria que ela jamais sentira antes, sabia que precisava fazê-lo recobrar a consciência e tirá-lo dali o mais rápido possível, porque provavelmente os lycans voltariam com reforços, e ela não conseguiria deter a todos e protegê-lo ao mesmo tempo.
Ao rasgar os pulsos, pediu aos deuses, que conseguisse ajudar seu amado a se recuperar, e lentamente deixou que seu sangue goteja nos lábios de Allan, mas ele parecia não responder aquela sensação, o que a deixava ainda mais desesperada, pela primeira vez ela sentia medo de perder alguém, e não queria que isso acontecesse. Malditos lycans... mataria um por um... com sua próprias mãos, de tanto ódio que sentia naquele momento.
Nesse momento assobiou e os cavalos entraram na caverna, então olhou para Allan e disse:
- Meu amor... me escuta.... precisamos sair daqui, o mais rápido possível, sabe disso, ajude-me dessa vez, preciso que monte em seu cavalo, por favor!
Ela lentamente, o levanta e quase que o arrastando o leva até seu cavalo, que por sorte, estava bem próximo, ajuda-o a subir, recolhe todos os pertences, e finalmente seguem pelo meio do rio, porque assim os lycans não poderão seguir seus rastros, e assim vão se aprofundando mais e mais naquela caverna, que somente ela sabia onde iria dar.
Seus pensamentos estavam confusos, tinha medo de perder aquele que tanto amava, precisava achar uma maneira de ajudá-lo a se recuperar, o mais rápido possível, e ainda tinha que se preocupar em evitar emboscadas pelo caminho. Viajaram pelo resto do dia, e graças aos deuses era noite de lua cheia, e ela sempre se sentia mais forte nessas noites. Allan estava cada vez mais fraco, ela precisava se apressar e encontrar um lugar seguro para os dois. Então adentrou na Floresta Negra, onde estariam realmente seguros, era seu antigo lar, e sabia que lá lycans não ousariam entrar por causa do dragão que guardava a propriedade.
Chegando ao seu esconderijo, tratou de arrumar as coisas e ajudou Allan a descer do cavalo, levando-o para dentro, tomando todo o cuidado tirou-lhe a armadura e deitou-o sobre a cama, então foi direto a biblioteca, para pesquisar sobre a cura de seu amado, e finalmente achou... mas não seria fácil.
Então voltou ao quarto, e disse:
- Perdoa-me meu amado Allan, mas essa é a única maneira de curar-te.
Pela primeira vez orou aos deuses, para que tudo desse certo, e então pegou seu punhal de prata, e introduziu-o em seu coração... a dor foi quase insuportável, mas tinha que se manter desperta... deixou-o encharcado com seu próprio sangue, concentrou suas energias mais uma vez, retirou-o e cravou-o no coração de seu amado. Pode ouvir seu gemido de dor e lágrimas correram pela sua face.
Depois de alguns minutos, retirou o punhal... e desmaiou ao lado de seu amado.
Ao ser esfaqueado o vampiro, mesmo estando à beira da morte final, solta um rugido estrondoso e grave, como um uivo de um enorme lobo, diferindo dos uivos dos lycans por ser ainda mais sombrio, como se a própria morte adentrasse no reino dos vivos.
Ao despertar... Allan não estava mais lá... havia partido, achando que ela havia sido apenas mais uma vitima de seu sagaz desejo, mas ela sabia que seria assim... era o preço a ser pago, e disse:
- Meu destino foi cumprido... estou em paz!
E ela decidiu permanecer na Floresta Negra, onde estaria segura.

3 de dez. de 2011

PERIGO NA NOITE


Essa noite... descobri o quanto é perigoso
Porque...
Lentamente.. entrou em meu mundo
Ocupou meu castelo...
Vigia-me a cada segundo
Tira-me o fôlego.... a razão
Ocupa-me o pensamento a cada segundo
Será que levou a sério a frase
"Decifra-me ou decoro-te?"
Porque tenta decifrar meus pensamentos....
Meus sentimentos... meus desejos....
E eu lentamente desvio de você
Tento manter essa calma aparente
Esse desejo que queima minha carne
Amo-te e esse será meu maior segredo
Por isso... essa noite... será apenas mais uma noite...
Onde descobri... que você é bem mais que um amigo.
E não sei como lhidar com isso...
Porque somos iguais....aguardo assim seu retorno
E recomeçamos essa guerra de palavras mais uma vez.

MORPHEU


Meu Deus dos sonhos

Ocupa lentamente minha alma tão ferida

Recria-me no silêncio da madrugada

Permanece em mim cada desejo teu

Horas e horas de minha existência

Espero-te assim.... na calada da noite e nada mais

Unificando em mim meus desejos tão secretos.

25 de nov. de 2011

QUERIA


Queria não sentir tua falta...
Como sinto agora
Queria poder sorrir... brincar como sempre fiz
Queria voltar a sonhar
Ser encantada mais uma vez..
Queria tanto estar com você agora
Poder adormecer em seus braços
Esquecer meus medos.... meus receios
Sinto-me assim.... sem rumo... sem destino
Porque meu mundo era você e nada mais
E no fundo ainda é...um mundo que não posso voltar
E no fundo ainda és minha vida
Não consigo me desligar desse sentimento
Que absorve meu coração, minha alma
Porque não consigo ser feliz sem você?
Queria que você voltasse só isso...
Só assim seria eu mesma mais uma vez.