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24 de ago. de 2011

UM CAMINHO A SEGUIR



Hoje, um fim de tarde cinzento, em pleno final de inverno, a temperatura está baixa, e mesmo assim decidi sair, era um domingo, as ruas eram de calçamento antigo (paralelepípedo) e isso dava um encanto maior a paisagem, e estavam completamente desertas, caminhava lentamente, observando cada detalhe, cada movimento do vento.

Parei a alguns metros do ponto de ônibus, queria apenas observar o movimento naquela tarde, quando um ser encantador desse de sua moto, sua jaqueta estava toda molhada de orvalho da madrugada, parecia que havia viajado a noite toda.

Ele observou-me, notei algo diferente naquele ser, mas achei melhor não me envolver, ficar na minha, não queria que ele desconfiasse de quem eu era, poderia atrapalhar minha noite.

Depois de alguns minutos ele veio até mim,  perguntando-me se estava perdida (ri em pensamento), talves quem estivesse perdido seria ele, em um vilarejo distante, sem movimento nenhum, a mercê de uma vampira.....rs, apenas ignorei tal interrogação, mas ele insistiu.
- Não senhor, eu não estou perdida, acredito que o senhor tenha se perdido em seu caminho... – respondi com um tom frio, esperando que ele saísse logo dali.
Ele observava-me parecia mesmo que nos conhecíamos de algum lugar, era estranha essa sensação.
Notei que ele não era humano, e nesse momento todos seus sentidos se aguçaram, o que estaria ele fazendo aqui, nessa terra de ninguém, sob os domínios dos meus?
Percebi que ele era diferente, mas não conseguia penetrar em sua mente, como fazia com todos os outros seres, queria saber quem ele era, e o que estava fazendo lá, então passamos a conversar, uma conversa informal, mas admito muito agradável, e percebi que tínhamos muito em comum, a nossa solidão, é claro que por motivos diferentes.
O vento aumentava e o frio também, notei que ele começava a ficar incomodado com isso, então sugeri que fossemos até um CAFFE, perto dali, freqüentado por góticos e poetas solitários e ele me disse:
- Não tem medo de estranhos na cidade?
E eu simplesmente respondi:
- Você não é estranho, o mestre já o esperava, devia saber disso, venha... me acompanhe, lá você saberá.
Senti que ele estremeceu,  ficou mudo, mas ao mesmo tempo a curiosidade aguçava a seguir em frente,  nesse momento pude ler seus pensamentos (pra onde estava indo e quem era esta mulher? seus olhos eram escuros,*sua boca vermelha, seu cheiro era doce) Mesmo sem querer apenas sorri...
Quando chegamos ao café, procurei uma mesa, próxima a lareira, para que ele se sentisse aquecido, já que eu não tenho esse problema, quis apenas ser gentil.
Ele foi logo pedindo dois drinks, e eu apenas informei que não bebia, sentia-a nervoso, e mesmo assim ele pediu duas bebidas, duas doses de wisky 12 anos sem gelo, então falei.
- Terá de beber sozinho....
Ele simplesmente respondeu:
- Não.... o outro é para o mestre!
Olhei-o intrigada... e disse:
- O que sabe sobre o mestre?
- Eu sou o Mestre.. a Oitava geração dos Arkanjos..
Nesse momento senti que não estava segura ali, só não entendi como meus instintos podiam ter falhado tanto, meu desejo era deixá-lo ali, mas de alguma maneira não desejava fazer isso.
- E qual sua missão aqui? – disse tentando manter o controle.
- MINHA MISSÃO ERA EXTERMINAR OS HIBRIDOS , OS LYCANS E OS PUROS...
Nesse momento pude sentir o perigo eminente, tentei deixar aquele lugar, mas ele segurou meu pulso, e simplesmente sorriu-me e disse:
- Fique .... não te farei mal, sabe disso. Posso sentir você... seu coração pulsando.... sabe disso!
- Espera....  Engano seu..... não tenho coração .... ele é negro como a noite...  eu não sou quem você pensa, sou uma mestiça, filha de uma lycan e um puro sangue, devia saber disso, já que vem caçar-nos. – disse eu em um tom ameaçador.
Nesse momento ele puxa-me e beija-me calorosamente, mesmo sem querer, retribuo o beijo, que foi tão terno.
- Não desejo machuca-la minha adorada.... já sabia quem era... desde o momento em que a vi. – sabe disso.
- Então deve partir... pra sua própria segurança Milorde.
- Não... em vim atrás de meu destino.... e encontrei você, e não pretendo deixá-la, não aqui.... venha comigo, estará segura ao meu lado, cuidarei de você... sabe disso.
- Sabe o que está fazendo? Estará perdido se fizer isso....
- É tudo o que eu mais quero...
- Então irei com você, porque aqui não estaria seguro sabe disso.
Nesse momento os dois sobem na moto sem destino, tendo entre eles apenas o sentimento que os une.

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